Recentemente, a Secretaria da Saúde de São Carlos informou que não fornecerá mais transporte gratuito para pacientes, em sua maioria idosos, que precisam de atendimento na Santa Casa de Araraquara. Essa decisão gerou revolta e preocupação, pois muitos dependiam desse serviço essencial para continuar seus tratamentos.
Com a eliminação do transporte especializado, os pacientes agora enfrentam sérias dificuldades para se deslocarem por meios alternativos. Uma das poucas opções seria o ônibus rodoviário, mas ele apresenta desafios: além de caro, o primeiro horário de saída para Araraquara é apenas às 9h da manhã, inviabilizando consultas e exames agendados para mais cedo.
Segundo a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024, São Carlos prevê um orçamento total de aproximadamente R$ 1,54 bilhão, dos quais R$ 335,87 milhões são destinados à Secretaria de Saúde. No entanto, parte desses recursos deveria contemplar transporte e assistência para pacientes que fazem tratamentos em outras cidades, como Araraquara.
Além disso, a Secretaria de Transporte e Trânsito tem um orçamento de R$ 64,86 milhões, que poderia ajudar a custear o deslocamento dos pacientes, mas até o momento não há sinais de que esses valores sejam aplicados nessa finalidade específica.
A retirada do transporte após a eleição municipal gerou ainda mais indignação entre os cidadãos, que se sentem traídos pela gestão recém-eleita. Muitos relatam que o serviço é essencial e que o corte compromete a continuidade de seus tratamentos, violando o direito ao transporte gratuito previsto para cidadãos em situação de vulnerabilidade ou com necessidades de saúde.
Os pacientes que dependem de consultas regulares ou procedimentos complexos agora se veem obrigados a arcar com custos elevados de transporte ou arriscar atrasar cuidados de saúde essenciais. Isso pode agravar quadros clínicos, especialmente entre idosos e pacientes em tratamento contínuo.
Diante desse cenário, a população de São Carlos exige uma solução rápida e transparente por parte da Prefeitura. A pressão popular para que o transporte seja restabelecido é crescente, com pedidos de maior alocação de recursos para esse tipo de serviço. Alternativas como subsídios para passagens rodoviárias ou parcerias com empresas de transporte privado estão sendo discutidas informalmente entre os moradores, mas ainda não há uma resposta concreta do governo municipal.
Essa situação levanta questões sobre a gestão das prioridades orçamentárias e a transparência nas ações públicas. A manutenção do transporte para Araraquara não é apenas uma questão de logística, mas de garantir dignidade e acesso à saúde para todos.
Mín. 17° Máx. 25°